A visita de Hannah Nicole Maehrer ao Brasil foi marcada por muito amor dos leitores. A autora de Assistente do Vilão esteve em São Paulo para participar da 27ª edição da Bienal do Livro e conversou com a CH sobre a sequência de seu primeiro best-seller.
“Existiram desafios no segundo livro porque eu estava continuando a desenvolver a história. Foi muito divertido fazer isso porque eu consegui construir coisas que estava planejando há muito tempo. Então, foi meio parecido mas com desafios diferentes. E eu me diverti tanto da mesma forma de quando escrevi o primeiro livro”, disse ela sobre Aprendiz do Vilão*.
@capricho Assistente de Vilão é um dos livros mais comentados dos últimos meses e, em entrevista à CH, @Hannah Nicole Maehrer respondeu de qual vilão seria assistente, seus livros favoritos e qual música da Taylor Swift mais define o casal protagonista. #assistanttothevillain #booktok #booktokbrasil #livros #bienaldolivro #taylorswift
Quando questionada sobre sua parte favorita do Brasil, a autora destacou a animação do público, que se parecia muito com a sua. “Todos são muito empolgados”, celebrou ela.
Hannah ainda compartilhou a importância de dividir momentos de descontração com os leitores através de sua história, explicando que seus próprios personagens são um lugar de conforto pra ela. “Quando eu estava escrevendo, era um conforto pra mim. Esses livros e essa história são meu espaço de conforto. Então, o fato de que isso se espalhou para outras pessoas é muito especial.”
Parece que estamos em um clube do livro juntos, encontrando conforto nas mesmas coisas, no mesmo lugar, é muito especial.
Hannah Nicole Maehrer
Confira a entrevista completa com Hannah Nicole Maehrer:
CAPRICHO: Qual é a sua parte favorita da viagem ao Brasil até agora?
Hannah Nicole Maehrer: As pessoas. Todos são tão legais e eu sou uma pessoa muito empolgada e todos parecem estar na mesma energia que eu, isso é incrível. Eu amo conhecer leitores de outros países. Tem sido absolutamente incrível.
CH: Seu livro é um momento de conforto pra muita gente porque é uma história divertida, com muito humor. Como é ver essa conexão que os leitores têm com a história?
H: É muito incrível porque quando eu estava escrevendo era um conforto pra mim. Esses livros e essa história são meu espaço de conforto. Então, o fato de que isso se espalhou para outras pessoas é muito especial. Parece que estamos em um clube do livro juntos, encontrando conforto nas mesmas coisas, no mesmo lugar, é muito especial.
CH: Sua trajetória com Assistente do Vilão começou no TikTok. Como foi o desenvolvimento do segundo?
H: Foi meio parecido [com o primeiro]. Existiram desafios no segundo livro porque eu estava continuando a desenvolver a história. Foi muito divertido fazer isso porque eu consegui construir coisas que estava planejando há muito tempo. Então, foi meio parecido mas com desafios diferentes. E eu me diverti tanto da mesma forma de quando escrevi o primeiro livro.
CH: Explorar a mente de um vilão pode ser algo complicado, assim como desenvolver a protagonista no papel inverso. Como é explorar essas duas mentalidades diferentes com seus protagonistas?
H: Eu sempre digo que a Evie e o Vilão são duas faces da mesma moeda e eu sou a moeda. Sou muito boa em transitar entre os dois porque consigo ver bem ambas as perspectivas. É muito divertido escrever um personagem que repele sentimentos como se fossem contagiosos. Então, a outra personagem está mostrando seus sentimentos, é algo que eles querem secretamente. A dinâmica entre eles é algo que sempre amei em qualquer formato de mídia e explorar isso nas páginas foi incrivelmente fácil porque isso esteve na minha mente por muito tempo.
CH: Algo que logo chama a atenção do público é justamente o foco no vilão, porque eles costumam ser muito interessantes para se trabalhar em histórias. Você se lembra quando começou a querer explorar esse tipo de personagem?
H: Eu sempre amei vilões, desde muito nova, quase que em um nível preocupante para os meus pais. [risos] Nós assistíamos muitos filmes da Disney e se eles não queriam que nós ficássemos interessados pelos vilões, não deveriam tê-los feito tão fabulosos em primeiro lugar. Eu era obcecada pela Malévola, Scar, Hades, de Hércules, também. E lembro dessa cena em A Branca de Neve que [a rainha] está se transformando em bruxa. Eu não via como a maioria das crianças, como uma cena assustadora. Eu assistia impressionada, de boca aberta, e minha mãe perguntava: ‘Por que ela está assistindo a cena desse jeito?’ [risos] Acho que sempre gostei da ideia de personagens que não talvez não sejam necessariamente ruins, depende de onde você observa e de qual lado você está porque todos podem ser vilões da história de outra pessoa. Então, eu gostei da ideia de escrever um livro assim.
CH: Pensando na Evie como contraponto, o que foi muito importante destacar na personagem dela?
H: A Evie é muito durona e forte mas, no fundo, ela é uma garota que ama todas as coisas de garotas. Ela gosta de rodopiar em vestidos bonitos. Amo o fato dela ser tão feminina, mas também ser muito forte. Você pode ter as duas coisas ao mesmo tempo e mostrá-las. Acho que a Becky e a Tatiana também tem suas próprias representações porque mulheres precisam poder se apresentar de todas as forma que queiram, não deveria existir um estereótipo ou alguém dizendo como elas deveriam se apresentar. Então, tentei dar algo único para todas porque mulheres tem muito pra mostrar.
CH: Eu amo histórias com as “famílias que se encontram”. Como foi expandir seu universo e criar os relacionamentos entre os demais personagens?
H: Eu sempre digo que meus personagens são como meus amigos. Eles são mesmo, sinto que criei o grupo de amigos ideal. Quando comecei, era só a Evie e o Vilão nos vídeos. Então, o Blade apareceu só pra deixar o Vilão com ciúmes, mas aí ele se tornou o confidente da Evie. E a Becky era só um nome que eu gritei no episódios mas agora elas sempre se implicam quando no fundo se amam. Foi então que a Tatiana apareceu e todos juntos combinam tão bem. Amo a forma como eles conversam. Minhas cenas favoritas são as que eles estão juntos. Colocá-los juntos tem sido tão divertido. Sempre que faço uma cena deles juntos é a minha parte favorita do livro.
CH: Você sempre disse que ouvia muito o Speak Now fazendo o primeiro livro que Enchanted era a música pra definir o casal. E no segundo livro?
H: Ai, meu Deus. Eu estava ouvindo tantas músicas diferentes no segundo livro. Acho que fiquei alternando entre o folklore, o 1989 e o reputation. Mas aí Who’s Afraid of Little Old Me? foi lançada, bem depois que o livro ficou pronto, mas foi tão perfeito para a Evie que gritei quando ouvi. Define perfeitamente.
*As vendas realizadas através dos links neste conteúdo podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril