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K-pop: Holland fala sobre ataque homofóbico que sofreu na Coreia do Sul

O cantor e ator coreano é um dos únicos artistas abertamente gay da indústria

Por Gustavo Balducci 13 Maio 2022, 12h56

Em 2018, o cantor e compositor Holland fez sua estreia no k-pop como o primeiro idol abertamente gay da cena através do single Neverland. A música, que fala sobre sua sexualidade e seu desejo de escapar para um lugar onde possa ser livre, chamou a atenção do mundo todo, principalmente por seu videoclipe incluir uma cena de beijo entre dois garotos.

Recentemente, o jovem atuou no drama BL Ocean Like Me, que também ganhou destaque nas redes sociais por sua história de amor. Apesar do reconhecimento, Holland relatou com tristeza que sofreu um ataque homofóbico na semana passada em Seoul, capital sul-coreana. Enquanto caminhava pela rua junto de seu produtor e de um amigo, um homem o atacou fisicamente e o chamou de “gay sujo”. No Twitter, o cantor compartilhou imagens da agressão e afirmou que o caso foi, obviamente, um crime de ódio.

“O fato de minha sexualidade, como homem gay, ser pública nunca deveria me expor a esse tipo de violência”, escreveu. “Isso acontecendo em 2022 mostra a triste realidade dos direitos humanos LGBT+”. Na Coreia do Sul, a homossexualidade ainda é um tema considerado tabu. “Isso nunca deveria acontecer com ninguém no mundo, não importa quem você é. Eu espero que nosso mundo tenha mais amor e esperança do que ódio e violência“, completou.

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Ainda que o preconceito esteja muito presente na sociedade coreana, a população LGBTQIA+ do país vêm questionando esse e outros problemas que afetam a causa. Seja através de eventos, como a Seoul Queer Culture Festival, uma parada do orgulho realizada todos os anos na capital, manifestações, palestras e também através do apoio de artistas de k-pop que já falaram abertamente sobre o tema, incluindo RM, do BTS, CL, ex-2NE1, G-Dragon, Jo Kwon e outros.

Em entrevista à Billboard, Holland contou que passa bem após o ataque e que o caso já está sendo investigado pela polícia. “Quero ser uma pessoa que dá esperança e força aos outros”, disse.

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