Nesta terça-feira (29/8) Luísa Sonza lança seu tão aguardado terceiro álbum, intitulado Escândalo Íntimo, no qual ela se abre sobre seu passado e sentimentos. Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (24/8), a cantora refletiu sobre como foi trazer seus sonhos e pesadelos mais intensos para o conceito do disco.
“Foi uma forma de eu lidar com meus sonhos de uma forma mais leve, porque eu tinha muito medo de colocar esses pesadelos para fora. Eu não assisto filmes de terror, tenho pavor, não assisto e nunca tive referências, mas meu cérebro começou a criar coisas muito pesadas. Eu tinha medo das pessoas me acharem doida. Foi muito importante essa libertação de colocar eles para fora como arte”, compartilhou a cantora na conversa.
Com 24 faixas, sendo que somente 18 estarão disponíveis no data de lançamento, Luísa define Escândalo Íntimo como uma viagem ao seu subconsciente e reflete um dos momentos mais difíceis de sua saúde mental com pensamentos de auto sabotagem, crises de pânico, sonhos sombrios.
Apesar de não ser fã de filmes de terror, a cantora se inspirou na estética do gênero para a composição da estética visual da nova era: “Eu sempre tive muita vontade de fazer um álbum muito longo, com muita história. Apesar de saber fazer um single muito bem, não é uma coisa que eu sou apaixonada e que me move como artista da mesma forma que um álbum.”
Escândalo Íntimo é um álbum visual, ou seja: todas as faixas serão acompanhadas de um clipe. No fim, tudo se tornará um curta-metragem que contará a jornada de amadurecimento de Luísa, enquanto também descreve todas as fases de um relacionamento amoroso, do início ao fim. O projeto é dividido em quatro blocos que representam os principais estágios de um relacionamento: paixão, amor, decepção e superação.
“Depois de pensar no que eu traria nesse novo álbum, eu queria muito transmitir tudo o que eu tinha vivido e fazer esse disco sobre um relacionamento do inicio ao fim. Eu comecei a separar em períodos do relacionamento e as músicas representariam os sentimentos envolvidos. Então ela começa sozinha e depois se apaixona, se entrega, vive uma paixão muito grande, briga, termina, fica com raiva”, comentou ela.
Luísa ainda acrescenta que ponderou sobre sua relação com si mesma na produção do disco: “Eu reparei que nesse relacionamento, ela começa sozinha e termina sozinha. É muito antes sobre a gente do que com o outro. Tudo que eu estava falando nas músicas era um relacionamento tóxico comigo mesmo. Quando eu não estava falando sobre mim, eu estava colocando uma expectativa no outro.”
Confira a tracklist de Escândalo Intimo:
- Escândalo íntimo
- Carnificina
- A Dona Aranha
- Luísa Manequim
- Bêbada Favorita [bloqueada]
- Interlúdio- Todas as Histórias
- Romance Em Cena
- Campo De Morango
- Surreal
- Iguaria
- Chico
- Sagrado Profano [bloqueada]
- Interlúdio- De Amor [bloqueada]
- La Muerte [bloqueada]
- O Amor Tem Dessas (e é melhor assim) [bloqueada]
- Onde É Que Deu Errado?
- Penhasco2
- Outra Vez
- Interlúdio- Dão Errado
- Principalmente Me Sinto Arrasada
- Ana Maria
- Lança Menina
- Não Sou Demais
- You Don’t Know Me [bloqueada]
Reparou nas faixas bloqueadas? Assim como no Doce22, Luísa guardou algumas músicas para serem lançadas ao longo da era. “Vai ficar faltando um pedaço da narrativa, principalmente no terceiro bloco. Vou dar uma segurada para o público conseguir digerir tudo, mas vocês vão conseguir entender a história com as primeiras faixas lançadas.”
Das faixas lançadas anteriormente, temos Campo de Morango, divulgada no último dia 15, e que, em menos de 24 horas, alcançou 1M de views no Youtube e mais de 1M de streams no Spotify. Com influências claras de filmes como Pearl, Maus Hábitos, Kill Bill, e Midsommar, Luísa canta sobre sexo em uma cama manchada pelo suco dos morangos. A faixa foi estrategicamente escolhida para ser o primeiro single, justamente para chocar.
O segundo single foi Principalmente Me Sinto Arrasada, que serviu como um contraponto a Campo de Morango. A faixa representa uma crise de ansiedade da cantora e durante os quase 3 minutos de duração, conseguimos captar todas as sensações vividas por ela. “Essa foi a melhor maneira que eu encontrei de traduzir como o meu cérebro funciona”, explicou Luísa.