Marina Ruy Barbosa sobre noivado: “Não esperava casar tão cedo”
Ao lado de Jéssica Ellen, Luisa Arraes e Cauã Reymond, atriz vai ser uma das estrelas da minissérie Justiça, da Globo
Rolou na noite de segunda-feira (25/7) no badalado restaurante Rubayat, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, a festa de lançamento da minissérie Justiça, da Globo, que tem estreia prevista para o dia 22 de agosto. E uma das pessoas mais aguardadas da noite era Marina Ruy Barbosa, que falou sobre sua personagem, a Isabela, e ainda contou que “não esperava casar tão cedo”, ela acabou de ficar noiva do piloto Xande Negrão, que a pediu em casamento de surpresa durante a viagem do casal à Tailândia.
“Sinto-me privilegiada em chegar a minha idade e ter tantos trabalhos acumulados, tanta história para contar e ver que muitos torcem pela minha felicidade”, contou Mari Ruy Barbosa à CAPRICHO. “O meu casamento ainda está sendo planejado e tudo tem a hora certa para acontecer. Claro que eu não esperava casar tão cedo. E o pedido de casamento foi uma surpresa, mas aconteceu! É assim que vai ser. Mas ainda não sei detalhes sobre o casamento. Posso garantir que estou feliz.”
Aos 21 anos, Marina vai viver uma personagem fútil em Justiça, que morre por conta de um crime passional. Totalmente focada no novo trabalho, ela falou que só deve pensar nos detalhes do casamento quando a minissérie acabar: “Eu já casei muitas vezes em novela. Mas o meu casamento eu não sei como vai ser, risos. Vou deixar isso mais pra frente. Por agora, eu estou foçada na minissérie”.
Preconceito dentro e fora da ficção
Jéssica Ellen vai representar em Justiça uma situação que, infelizmente, muitos jovens negros já viveram na vida real. Na pele da estudante de jornalismo Rose, ela vai sofrer preconceito da polícia durante uma festa, em que somente jovens negros são revistados na cena. “É o preconceito já declarado. Acho que todo negro já passou por isso… Eu já sofri racismo. Inclusive, numa época da escola, eu cheguei a alisar o cabelo, que é crespo e não duro! Odeio quando falam isso, risos. E quem disse que todo mundo tem que ter o cabelo liso?”, questionou a atriz.
Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra, Jéssica fez questão de ressaltar a falta de negros na TV brasileira: “O fato de eu estar aqui, de ser bem-sucedida, isso me deixa feliz. O Brasil é um país novo e não está acostumado a ver negros em papel de destaque. E estar nesse lugar me deixa honrada”.
Cenas ousadas
Em Justiça, Julia Dalavia está bem diferente da doce Maria Tereza, da primeira fase de Velho Chico. Ela vai viver Mayara do Nascimento, uma prostituta que vai trabalhar na sauna Snack Nigth Club e irá lutar por vingança por conta da prisão da mãe. “Foi uma mudança radical, um choque e estou com saudade da minha fase morena. Mas a transformação tinha que acontecer. Antes, a personagem era uma menina, jovem, do sertão. Agora, eu dou vida a uma prostituta, que trabalha num bordel. É um universo novo, completamente diferente do trabalho anterior. E estou adorando essa vibe da Mayara”, contou.
À vontade para gravar as cenas mais ousadas, Julia não se diz uma menina tímida à frente das câmeras. “Eu conto com uma equipe maravilhosa e isso me dá segurança. Eu penso da seguinte forma: se tenho que fazer, eu vou é faço, penso positivo e tudo vai dar certo. As cenas são bem dirigidas e de muito bom gosto”, disse.
Fim da cultura do estupro
Luisa Arraes terá uma importante mensagem com sua personagem em Justiça: combater a cultura do estupro. Na trama da autora Manuela Dias, a atriz vive Débora, uma jovem de espírito combativo, mas que é estuprada em pleno Carnaval. “É importante falar sobre o tema. Recentemente, nós tivemos um caso (o estupro coletivo, no Rio de Janeiro), e esse é um assunto que precisa ser abordado, vir à tona, é um medo que necessita ser denunciado. Eu gravei uma cena em que eu tive que dar detalhes de tudo o que aconteceu, me senti entrando em contato com uma coisa horrível”, falou.
Sem medo, a atriz contou que já recebeu cantadas e a situação foi bem desagradável. “Já aconteceu comigo, de me darem cantadas abusadas. Isso é muito chato e a cultura do estupro pode acabar passando por aí… A coisa piorou nos últimos cinco anos. É algo incômodo para a mulher e precisa ser falado, denunciado”, destacou.
Personagem mais maduro
Um dos últimos a chegar ao lançamento foi Cauã Reymond. Vestido todo de preto e deixando o cabelo branco para viver Maurício, o ator falou que lida bem com as transformações. “Ele é um contador de histórias, que usa roupas largas e que vai me dar uma envelhecida no ar. É isso é muito interessante porque enriquece o meu trabalho. Eu já tenho cabelos brancos e eles vão deixar os fios ainda mais brancos”, ressaltou o ator.
Sem medo de envelhecer no ar, o ator diz que não liga muito para o rótulo de galã. “Eu continuo indo para academia e me cuido, mas não fico pensando sobre isso, sobre o rótulo de ser galã. Eu penso é na saúde, isso é o primordial. Meu pai tem lidado tão bem com o passar os anos. E eu acho que existem homens grisalhos que são bonitos, charmosos. O bom de se cuidar é que posso transitar entre os personagens mais novos e mais velhos. Se bem que prefiro os mais velhos porque são densos”, afirmou.