Na turnê 1977, Luan Santana janta com fã e enaltece luta feminina
No show de estreia da nova turnê do cantor em São Paulo, teve até cover do Queen!
Em 2017, Luan Santana comemora dez anos de carreira e apesar de deixar claro que ainda terão muitas surpresas nos próximos meses (quem sabe a gravação de outro DVD?), o cantor decidiu comemorar a data com uma turnê dedicada às mulheres, intitulada 1977. O nome é em homenagem ao ano em que a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Dia Internacional da Mulher. Na noite do último sábado, 8, rolou a estreia do novo show em São Paulo, no Espaço das Américas, e a CAPRICHO te conta quais foram os melhores momentos da noite, que começou às 23h.
Mais uma vez, Luan surpreende com o cenário. Aquele projeto de alguns fãs assistirem à apresentação do palco continua, mas eles não estão mais em uma caixa. Agora, os sortudos ficam separados do ídolo apenas por uma grade. O cenário tem pequenos elementos que transportam o público para os anos 70: um abajur cor de carne antigo, um gramofone, vitrais e reproduções de televisores daquela época. Em determinado momento, durante a música Amar Não É Pecado, Santana conta com a ajuda de efeitos sonoros para dar um tom antigo à voz e deixar a canção com aquele efeito de disco de vinil. As reproduções em 3D no telão também merecem destaque pelo realismo.
A apresentação começou com um coro de Eu, Você, o Mar e Ela, e o hit Acordando o Prédio já veio na sequência. Luan, como sempre, tratou seu público com muito carinho e deu atenção especial às mulheres. Afinal, elas são as grandes homenageadas da nova turnê. Um dos momentos mais fofos, sem dúvida, foi quando uma fã (arrasou, Bianca Calixto!) subiu ao palco e ganhou um jantar romântico com o músico, enquanto ele cantava o single Cantada para ela, que, apesar do nome polêmico, é uma ode ao amor.
“Eu amo vocês demais! É a única coisa que eu consigo dizer neste momento”, confessou Luan Santana depois fazer uma pausa dramática após a canção Escreve Aí, sempre um ponto alto nas apresentações do gurizinho, em que a plateia canta a uma só voz. Ah! O cantor, assim como acontecia na turnê anterior, também sobrevoa a plateia para chegar ainda mais perto dos fãs que estão mais no fundo da casa de espetáculo e nos camarotes. Ele, em diversas vezes, tentou alcançar a mão das pessoas!
Não é de agora que o músico deixa claro que se encanta pela década de 70, e justamente por isso alguns clássicos não foram deixados de fora. Com uma camiseta do Michael Jackson, acredita que ele arriscou até um cover de We Are The Champions, do Queen?! Depois, é claro, o repertório voltou com outros clássicos, como Bailando, Dia, Lugar e Hora, e Tudo o Que Você Quiser, provando que a mistura musical é sempre saudável e que não há barreiras. Você pode gostar do que quiser. Você pode ser o que quiser.
Aliás, é isso que Luan quer passar com a turnê 1977. “Igualdade: A hora é agora” é a frase que fica exposta antes, durante e após o espetáculo. No camarim, a CAPRICHO bateu um papo com o cantor e perguntou se ele já parou para pensar que, muitas vezes, fãs mirins terão seu primeiro contato com expressões como igualdade de gênero por meio dele. “Na verdade, eu penso em tudo isso antes de lançar um projeto. Eu tenho consciência de todas as pessoas que vão ouvir e quero contribuir de alguma forma para o mundo. Eu acho que a gente levantar assuntos assim é sempre muito bom. Fazer as pessoas refletirem, fazer as pessoas pensarem. Foi uma luta tão importante que as mulheres tiveram ao longo da história. E continuam tendo! Eu pesquiso muito, eu estudo muito sobre um assunto toda vez que vou falar sobre ele. Então, o 1977, além de ser um DVD com participações femininas, é uma homenagem às mulheres”, afirmou o músico.
Uma das coisas mais incríveis que vemos nos shows do Luan Santana é a variedade de público. Temos homens, sim, mas temos idosas, adolescentes, mulheres de meia idade, mães com filhas de apenas três, quatro anos! Então, antes de problematizarmos a turnê e a atitude do cantor (por ele ser um homem falando sobre igualdade e empoderamento feminino), talvez devêssemos apenas pensar em como esse primeiro contado de muitas fãs com temas tão presentes na diária luta feminina é importante. O ídolo tem uma carga emocional muito forte e inspira muitas vidas. E se o Luan Santana pode usar isso para falar de assuntos tão importante e sérios com seu público, por que não? Cê Topa? A gente, sim.
Confira o set list completo do show:
1. Eu, Você, o Mar e Ela
2. Acordando o Prédio
3. Chuva de Arroz
4. Estaca Zero
5. Te Esperando
6. Eu Não Merecia Isso
7. Mesmo Sem Estar
8. Cê Topa
9. Fantasma
10. Escreve Aí
11. Amar Não É Pecado
12. Dia, Lugar e Hora
13. Cantada
14. E Essa Boca Aí?
15. Sogrão Caprichou
16. Bailando
17. Tudo o Que Você Quiser