Emmy Awards 2024, realizado na noite deste domingo (15), não passou ileso de protestos contra a guerra em Gaza e outras causas sociais.
Um dos responsáveis por um posicionamento público foi o ator D’Pharaoh Woon-A-Tai, de 22 anos, protagonista de Reservation Dogs, série de comédia sobre a vida de quatro adolescentes nativos americanos que crescem em uma reserva ao leste de Oklahoma.
D’Pharaoh, indicado ao Emmy pela primeira vez, chegou ao tapete vermelho com uma mão vermelha pintada no rosto e quase ninguém entendeu. Mas descobrimos que há um significado especial por trás disso.
A mão vermelha no rosto é um símbolo do movimento MMIW (Mulheres Indígenas Desaparecidas e Assassinadas, em tradução livre), que representa “todas as irmãs desaparecidas cujas vozes não são ouvidas” e “o silêncio da mídia e da polícia em meio a esta crise”, segundo a organização Native Hope.
No Emmy de hoje à noite, D’Pharaoh está indicado para Melhor Ator Principal em Série de Comédia por seu trabalho em Reservation Dogs. Ele faz história como o primeiro ator indígena a ser indicado em qualquer categoria de atuação principal.
Mas esta não é a primeira vez que essa causa chega aos tapetes vermelhos. Em março de 2023, Auli’i Cravalho, de 22 anos, também lançou luz ao movimento “No More Stolen Sisters”, na estreia da série The Power.
“Sou grata por usar Naeem Khan como vestido, e também estou representando o No More Stolen Sisters, e trazendo luz para mulheres assassinadas e indígenas”, ela compartilhou à época.
Ela acrescentou que o elenco teve “sorte de estar filmando em Vancouver para The Power, e eu vi muitos monumentos sobre isso, e sou muito grata por estar trabalhando em um filme baseado no empoderamento feminino”.
Ainda na noite de hoje, o também ator de Reservation Dogs, Dallas Goldtooth usou um broche vermelho do Artists4Ceasefire no tapete vermelho.
Além de Goldtooth, manifestantes pró-palestinas se reuniram do lado de fora da premiação antes do início da cerimônia. Segundo a Variety, cerca de 12 pessoas pediam por “cessar fogo”, usavam os lenços tipicos palestinos, chamados de keffiyeh, e seguravam cartazes.
“Não há justificativa para o assassinato de crianças. #Libertem a Palestina #Libertem o Sudão #Libertem o Congo”, dizia o cartaz de um manifestante.