This is Us: 5 motivos para se apaixonar pela série do momento
A novata tem conquistado muita audiência nos EUA e mesmo sem querer, fui visgada pelo drama e não consigo largar mais
Não tem como negar, essa temporada da TV aberta americana talvez tenha sido uma das mais fracas da história. A TV aberta está em um cenário muito mais difícil do que há alguns anos, em que a competição deixou de ser somente com seus pares ou a TV a cabo, mas incluiu outros serviços para assistir TV como a Netflix, Amazon, entre outros.
Além disso, a qualidade criativa da TV aberta caiu demais. Quando parei para analisar, acho que esse foi um dos únicos anos que não senti uma necessidade enorme de assistir tudo o que foi lançado nessa fall season (até porque eu queria ter vida além da minha TV, já que foi um dos anos que teve mais produções na história). Achei a maioria das estreias batida, com temas fracos e que parecia que eu já tinha visto antes. Esse é o período que sempre usei para selecionar quais séries novas seriam acrescidas à minha listinha depois de assistir aos pilotos e quais entrariam para sempre depois de conferir alguns outros episódios das que tivessem me conquistado no piloto. Não ria, eu tinha um sistema!
Enquanto todas as emissoras de TV aberta (ABC, NBC, Fox, CW e CBS) tem perdido audiência, algo impressionante tem acontecido: This is Us tem crescido nesse ambiente adverso. No último episódio de 2016, o especial de Natal, a audiência chegou em 10.93 milhões de telespectadores, um número incrível, considerando que seu programa antecessor, The Voice, é um reality show que atingiu 10.10 milhões.
De fato, This is Us era um sucesso até antes mesmo de estrear. O trailer teve 15 milhões de views no Facebook nas primeiras 48h. Se juntar os números de Facebook e YouTube, o trailer foi visto mais de 60 milhões de vezes!
Fui assistir ao novo drama da NBC sem compromisso. Claro, em partes, porque tinha o Milo Ventimiglia no elenco e eu assisto tudo o que o pessoal de Gilmore Girls está presente. E não é que, apesar do apelo emocional e da sua breguice em algumas cenas, o negócio é bom?
Agora estou convertida e completamente viciada, percebendo que ela entrou para aquela categoria de série que aguardo ansiosamente ao novo episódio toda semana… E aqui estão alguns motivos para você se apaixonar junto comigo:
1) Milo Ventimiglia e um elenco fantástico
Não é só o Milo e o fato dele estar lindo na série. Ele tem também mandado muito bem na atuação, sempre sendo o personagem que mais gosto de assistir. Ele e o Randall, interpretado por Sterling K. Brown, que levou o Emmy por American Crime Story: People Vs O.J. Simpson. Os dois sempre trazem o melhor da série. O elenco tem também Mandy Moore, que está excelente mesmo com uma forçação de barra da equipe de maquiagem. Além dos queridos Justin Hartley (que já fez Smallville, Revenge, entre outras) e Chrissy Metz (novata mas que já fez American Horror Story).
2) A maior reviravolta e surpresa que você respeita
Já que a série é cheia das reviravoltas – sério, eles conseguem surpreender em todo episódio – eu estou evitando ao máximo não trazer nenhum spoiler, apesar de achar difícil viver sem nos dias de hoje. É cada reviravolta que eu fico que nem os dois no gif acima! Um choque atrás do outro e talvez um dos motivos que eu queria tanto que mais gente estivesse assistindo: vamos conversar sobre esses twists, meu povo!
3) Temas familiares e do dia a dia
A série não tem super poderes, nem vampiros ou zumbis. É sobre temas familiares, com muita doçura e que tem muita catarse. Kate (Chrissy Metz) sofre com a obesidade e a tentativa de perder peso, Kevin (Justin Hartley) tem problemas de auto-estima e carreira e Randall (Sterling K. Brown) acabou de reencontrar o pai que o abandonou quando bebê. Além de Jack (Milo Ventimiglia) e Rebecca (Mandy Moore), pais de primeira viagem que terão um trabalhão pela frente.
O criador Dan Fogelman sabe muito bem contar essas histórias e tem um elenco capacitado para encontrar grande energia em pequenos momentos da vida. Os objetivos e os desejos dos personagens são tão delicadamente desenvolvidos que é bem difícil não se envolver. Há uma falta de cinismo presente na série, o que é bem interessante, mas que às vezes escorrega para o lado brega da força, que eu cismo em ignorar.
4) O choro é livre
Eu juro que tento não ser chorona, mas olha as séries que eu assisto! No penúltimo episódio chorei nível Grey’s Anatomy primeiras temporadas… O negócio é intenso, então tenha sempre lencinho por perto!
Claro, é um monte de momentos feitos para chorar, mas vai um pouco além disso. As cenas são curtas e cheias de potencial emocional, que depois de usar seu coração como um saco de pancadas, deixam você meio dolorida e sem saber o que aconteceu direito. Mas a manipulação emocional está enraizada na autenticidade e humanidade real, o que faz toda a diferença.
5) Ame-a ou deixe-a
É um grande drama familiar reconfortante que tem comparações com Parenthood – o primeiro sinal de se você vai adorar ou odiar – com um elenco de pessoas apaixonantes e histórias cativantes. E se você já revirou os olhos lendo até aqui, não assista. É ok, mas não se impressione quando as pessoas disserem que não conseguem conter as lágrimas com esse drama lindo.
Vem conversar sobre séries comigo também no Instagram @priharumi | Twitter @priharumi