A série ‘The Last of Us’, da HBO, estreou no último final de semana (15) e os fãs já aguardam com grandes expectativas os próximos episódios. A produção nasceu de uma adaptação do jogo (até então exclusivo para Playstation) e se passa em um futuro pós-apocalíptico, onde um fungo transforma as pessoas em zumbis. Os episódios serão liberados semanalmente aos domingos e deve ser exibido até meados de março de 2023.
Ambientada nos Estados Unidos, os 9 capítulos trazem Pedro Pascal (Narcos) no papel de Joel e Bella Ramsey (Game of Thrones) como Ellie, ambos protagonistas. Além disso, a adaptação da série é de Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann, diretor de criação e roteirista do game que deu origem à série. Ah, e a presença de Druckmann na produção da série foi elogiada pelos críticos como um ponto positivo para a fidelidade ao roteiro do jogo, viu?
Até o momento a produção recebeu a melhor avaliação da história para um live-action de games no Rotten Tomatoes: 97% de aprovação nas críticas após a exibição do primeiro episódio (e isso é tudo, viu? Significa que o público avaliou muito bem a série). No IMDB, um dos principais sites de cinema e TV em todo mundo, a média chegou a 9,9. A título de comparação, a série The Witcher, adaptada pela Netflix, teve 81% de aprovação.
De onde vem o sucesso de ‘The Last of Us’?
Para entender exatamente de onde vem todo esse hype, conversamos com a jornalista e crítica Míriam Castro, do canal @mikannn, que explicou que há um histórico de obras inspiradas e feitas em videogames, que foram duramente criticadas pela crítica e pelo público, porque não conseguem traduzir a sensação que os fãs de jogos têm por vários motivos.
“‘The Last of Us’ foge desses exemplos porque é uma série que não é só inspirada no universo, é uma adaptação mais direta da história”, disse.
PERFEIÇÃO! O trabalho de adaptação da HBO não deixou fugir nem os pequenos detalhes do jogo 🤌#TheLastOfUs pic.twitter.com/YUydhDhTEq
— Portal The Last of Us (@PortalTLOU) January 16, 2023
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— The Last of Us News (@TheLastofUsNews) January 18, 2023
Uma história para todos
A diversidade racial, sexual e de orientação sexual entre os personagens também foi elogiada (algo que deve aparecer ainda mais nos próximos episódios, viu?). Além disso, eles também demonstram características complexas e extremamente humanas – algo que já havia sido exaltado no jogo, e, novamente, passou a ser destacado na série.
E nós atestamos algo super importante: não, não precisa jogar antes de assistir à série ou vice-versa. The Last of Us completa 10 anos de seu lançamento inicial e só neste ano será remasterizado para computador. Ou seja, não foi todo mundo que teve contato ainda com esse universo.
“Acompanhamos o fenômeno do pessoal ‘jogando’ pelo youtube, assistindo com afinco aos gameplays. Então, não, não precisa jogar para ver a série. Estou animada pois é uma história que finalmente todo mundo terá acesso”, afirma Castro.
Ainda assim, há diferenças entre a série e o jogo. A primeira cena da produção se inicia em 1968, em um programa de auditório que entrevista médicos epidemiologistas sobre a possibilidade de uma pandemia causada pelo fungo Cordyceps se ocorresse um aumento de temperatura do planeta – o que é exatamente o que acaba acontecendo.
Se as regras do Emmy forem as mesmas do Oscar pra prêmio de ator coadjuvante, John Hannah podia levar uma indicação por essa cena inicial de The Last of Us. A forma de falar, as expressões… e a direção da cena mostrando todo mundo ficando incrédulo em volta. Sensacional. pic.twitter.com/mjgwzE1Ije
— Expedito Paz (@expeditopaz) January 17, 2023
Depois dessa cena inicial, há dois saltos temporais. O primeiro aconteceu no ano de 2003, início do contágio – no jogo, essa data se passa em 2013. Depois, a série pula para o ano de 2023, quando, após o contágio, há uma mudança drástica nos hábitos cotidianos do mundo, destruído pela infecção.
”É uma cena inicial muito bem feita, inclusive, para refletirmos sobre o que vivemos em relação à pandemia. Acho que foi exatamente por isso que eles escolheram o ano de 2023 para essa ambientação”, diz a especialista.
Uma mudança que foi criticada pelos fãs é a ausência de esporos. No jogo, quando Ellie e Joel entram em um espaço com partículas do fungo no ar, eles automaticamente colocam máscaras para proteção. Na série, não haverá essa retratação, o que, na avaliação de Castro, não deve prejudicar o desenrolar do enredo.
Tudo isso para dizer que: Sim, vamos acompanhar de perto os próximos capítulos da série que, a partir da aprovação de críticos e público, mostra que veio para ficar e, quem sabe, ser uma das queridinhas do ano.
Os episódios serão exibidos aos domingos, 23h, no canal HBO e na plataforma de streaming HBO Max.