Com Turnê X, Luan (McFly) Santana leva fãs De Volta Para o Futuro

De 1977 para 2050, Luan Santana faz uma viagem no tempo com chuva de referências (e de arroz) e estrutura de show revolucionária: 'não foi cópia de ninguém'

Por Isabella Otto 1 abr 2018, 14h26

O nome dele é Luan Santana, mas, ultimamente, até poderia ser Marty McFly. Em questão de meses, o cantor saiu de 1977 e foi para 2050, em uma espécie de viagem De Volta Para o Futuro. É inevitável não se lembrar do clássico filme dos anos 80, que talvez você ainda nem tenha visto, e traçar um paralelo com ele ao assistir à Turnê X, nova empreitada de Luan Santana, que estreou em São Paulo, no Citibank Hall, na noite do último sábado, 31.

Léo Francisco/@cadeoleofrancisco/Reprodução

A expectativa para conferir o palco futurista do gurizinho estava grande. A aposta do trabalho é um rosto gigante que fica no centro do palco. Apesar do tamanho, ele entra e sai com muita discrição. A tecnologia usada pela equipe do Luan também chama a atenção. O projetor está dentro do rosto e não fora, como acontece com a maioria dos sistemas de projeções. Cores, fotos de fãs, paisagens, letras de música… Tudo acontece ali. “Essa ideia do rosto, com a projeção interna, eu acho que ninguém nunca fez aqui no Brasil. A gente criou tudo, não foi cópia de ninguém”, revelou Luan Santana à CAPRICHO após o show em SP.

Apesar de bastante futurista, o rosto se assemelha muito às antigas máscaras usadas no teatro grego e romano, no séc. V a.C.. Essas mesmas máscaras estavam sendo usadas por alguns músicos da banda, só que em tamanhos reduzidos, é claro. Ao perceber isso, não é difícil relacionar esse elemento às colunas posicionadas nas laterais do palco, que muito se parecem com as estruturas de um antigo teatro romano. A inspiração para o nome da turnê também vem de Roma. X significa dez em numerais romanos, e dez é o número de anos que Luan está comemorando de carreira. Mas o X também traz essa sensação de ser algo enigmático, ~xtreme~… E é assim que que o nosso Marty McFly do Mato Grasso do Sul viaja pelo tempo e une passado e futuro em seu novo trabalho, que agora começa a rodar o Brasil – e quem sabe o mundo, muito em breve. 

Léo Francisco/@cadeoleofrancisco/Reprodução
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De onde saíram todas essas ideias? Da própria cabecinha do cantor, que não é o Robert Zemeckis, mas poderia tranquilamente ter dirigido o clássico dos anos 80 se já fosse nascido. “Tudo começou com o X. Eu queria me remeter aos dez anos de carreira, mas de forma mais enigmática. Então, eu pensei no número romano, que é algo muito forte, dá a impressão que é algo extra, que é super… Tudo foi se encaixando. Daí o numeral e as colunas romanas eu quis misturar com elementos futuristas, por causa da 2050“, explicou Luan à CH. Apesar de revolucionária, o set list agrada os fãs de longa data. Afinal, a turnê não deixa de ser comemorativa. Talvez a “sessão acústica”, quando o gurizinho canta acompanhado de um violão, no maior clima intimista, seja a mais especial, pois reúne sucessos como Te Vivo, Sinais, Você Não Sabe o Que é Amor, Meteoro e Amar Não é Pecado. Todos tocados assim, na sequência, para acelerar os batimentos cardíacos.

Pontualmente às 22h, Luan Santana entrou no palco após uma contagem regressiva. Na verdade, após duas, sendo que a primeira mostrava nos telões laterais uma ampulheta. Com um Citibank cheio para um feriado emendado, a galera despertou ao som de Acordando o Prédio, primeira música da noite. Na sequência, vieram Eu, Você, o Mar e Ela, Tudo Que Você Quiser, Estaca Zero e 2050, música de trabalho mais recente de Luan, que foi cantada a plenos pulmões e ovacionada como se já fosse um hit das antigas. Aliás, Luan também explicou para a CH o conceito da canção: “o que a gente quer dizer é que o amor não pode diminuir com o tempo. O amor verdadeiro ele nunca diminui, ele só cresce, se fortifica. Acho que todos nós buscamos um amor assim”.

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Como em todo show, Luan recebeu inúmeros bichinhos de pelúcia da plateia, agradeceu os fã-clubes presentes e fez discursos curtos, mas emocionados. “Eu só peço uma coisa a Deus todos os dias antes de dormir: que um dia vocês possam compreender o quanto são especiais na minha vida”, disse pouco tempo antes de sair do palco para trocar de roupa. Ahhh, o figurino… Como não falar sobre o visual de Luan Santana? Na primeira metade do show, ele estava bem swag, com camisetão, bandana na cabeça, munhequeira e calça estampada. Na segunda metade, ele voltou mais sporty, com uma camiseta vermelha básica e um bonezinho da sua nova turnê.

O arranjo de algumas músicas também foi alterado, mas não incomodou tanto quanto a falta de algumas canções que eram tocadas nas outras apresentações, como Cantada, Nega e Eu Não Merecia Isso. Não é fácil mesmo agradar gregos e troianos quando se tem dez anos de carreira e praticamente um hit para cada um desses dias. Exageros à parte, Luan prova que não dá para ficar parado no tempo – e que, no auge de seus 27 anos, tem bagagem suficiente para isso. Se continuar assim, em 2050, é bem capaz que as luanetes viagem até Marte para ver o ídolo…

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No último dia de março, 31, Luan Santana estreou sua nova turnê, a #xluan, em São Paulo, e a gente esteve presente. Amamos especialmente o cover do gurizinho de Perfect, do @teddysphotos, a declaração de amor para os fãs e a empolgação da galera ao ouvir 2050, novo hit do cantor, ao vivo. E falando em hit… Show do Luan é assim: sucesso atrás de sucesso. Tem mais nos Stories e, em breve, sobe matéria no site contando detalhes sobre a nova turnê. Valeu pela noite, @luansantana e #luanetes. Vocês mandaram muito! De novo. 👏🏽❤️✨💖

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Confira o set list completo da estreia da Turnê X, em São Paulo:
1. Acordando o Prédio
2. Eu, Você, o Mar e Ela
3. Tudo Que Você Quiser
4. Estaca Zero
5. 2050
6. Te Esperando
7. Cê Topa
8. Fantasma
9. Escreve Aí
10. Te Vivo
11. Sinais
12. Você Não Sabe o Que é Amor
13. Meteoro
14. Amar Não é Pecado
15. Perfect, do Ed Sheeran
16. Dia, Lugar e Hora
17. Acertou a Mão
18. Tanto Faz
19. Check-In
20. Mamita
21. Sogrão Caprichou
22. Bailando
23. Chuva de Arroz 

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