7 desfiles e ideias que se destacaram na Casa de Criadores 56
Selecionamos as invenções criativas que chamaram a nossa atenção durante a semana de moda autoral

Casa de Criadores 56 aconteceu na última semana, entre 22 e 27 de julho, no Centro Cultural São Paulo, e contou com desfiles que celebram a potência da veia autoral da moda brasileira. A CAPRICHO acompanhou o evento de perto e, aqui, fizemos um resumo com os principais destaques das passarelas.
7 destaques dos desfiles da Casa de Criadores 56
O upcycling do Estúdio Traça
O estilista Gui Amorim apresentou a coleção ‘Delusionaire’, inspirada na figura de uma pessoa delusional, que usa sua criatividade para se expressar. Essa mensagem foi transmitida por meio das peças em denim feitas a partir do upcycling, que tinha a característica proposital de ainda revelar sua silhueta antiga. Dava para ver que uma calça virou blusa e uma manga de jaqueta virou saia, por exemplo.

As cores e texturas da Casa Paganini
Guilherme Paganini aproveitou a ocasião para estrear sua marca Casa Paganini. O capixaba de 26 anos mostrou sua primeira coleção, ‘Raízes’, que valoriza o tempo de trabalho e o conhecimento ancestral. Amamos as peças com renda filé, os tricôs, as silhuetas assimétricas e a paleta de cores que remete à natureza.

A mistura da rigidez com a afetividade das memórias de Guilherme Dutra
Vencedor do segundo Desafio Sou de Algodão em parceria com a Casa de Criadores, Guilherme Dutra trouxe a coleção ‘Poupées’, motivada pelas memórias de sua infância, para o line-up oficial do evento. O foco vai para a alfaiataria que, embora rígida, ganha um simbolismo sensível e delicado ao evocar a presença de seu avô. Misturando sua própria história com volumes estruturados, o estilista prova que sua moda é afetiva.

Os volumes e camadas de Lucas Caslú
Já Lucas Caslú, vencedor do quarto (e último) Desafio Sou de Algodão, que aconteceu em novembro de 2024, impressionou pela escolha de volumes que, embora tenham aparecido no seu desfile do concurso, agora vieram com rupturas marcantes e novas camadas. Denominada ‘Experimentos’, a coleção nasceu de um resgate a croquis antigos, indicando que sempre vale a pena revisitar e reimaginar seu repertório.

As ilustrações de Fábia Bercsek
Reconhecida como marca que ajudou a escrever a história da moda autoral brasileira, Fábia Bercsek retorna à passarela com a coleção ‘World Expo 2025’, em que cada roupa ganha personalidade por meio de características manuais. Uma delas são as ilustrações, que evocam uma estética steampunk e dão vida a minissaia, calças e moletons.

As palhas da Berimbau Brasil
Comandada por Sandro Freitas, a Berimbau Brasil mergulhou na cultura do cultivo do coco babaçu, que sustenta comunidades familiares no Maranhão, estado natal do estilista. Para homenagear as pessoas envolvidas nesse processo e reconhecer a palmeira como riqueza maranhense, um dos caminhos da marca afro-indígena foi apostar na textura das palhas e em bolsas que lembram o cesto usado no cultivo.

A festa de Vittor Sinistra
Para fechar essa lista, destacamos a marca homônima do estilista Vittor Sinistra, que decidiu transformar seu desfile da coleção ‘Clímax’ em uma festa. Os looks revelam uma interpretação lúdica da moda, que combinam com sua identidade e com os pedidos mirabolantes dos clientes que o procuram. Reaproveitando resíduos da indústria têxtil e apostando em minissaias pregueadas, cores vibrantes e formas inusitadas, Vittor propôs um convite à liberdade de ser quem você é.

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