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Congresso Nacional terá duas cadeiras ocupadas por deputadas trans em 2023

Ao menos 18 parlamentares LGBTI+ foram eleitos neste ano, viu? 🏳️‍🌈

Por Maki de Mingo e Andréa Martinelli Atualizado em 16 nov 2022, 17h57 - Publicado em 2 out 2022, 20h38
duda erika
Midia Ninja/Reprodução

As eleições têm sido um momento de pura emoção e ansiedade para o povo brasileiro, mas já temos alguns motivo para comemorar: Erika Hilton (Psol), Duda Salabert (PDT) serão as primeiras transexuais que vão ocupar o cargo de deputadas federais no Congresso Nacional. Com isso, elas marcam um momento histórico no cenário eleitoral brasileiro.

“Já dá pra dizer: travesti preta eleita”, comemorou Hilton em suas redes sociais.

Já com 56% das urnas apuradas, a ativista conseguiu a quantidade de votos necessária para ter uma cadeira na Câmara dos Deputados – são pouco mais de 158 mil votos, até o momento. Totalizando os votos válidos, ela chegou a contabilizar 250 mil votos é a segunda mais votada do partido. Lembrando que Erika se torna uma representante da população de São Paulo no Congresso. 

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Já Duda Salabert, por Minas Gerais, teve mais de 200 mil votos, liderando a lista do partido. Em 2020, Duda foi eleita a primeira vereadora trans de Belo Horizonte com número recorde de votos para o cargo. Agora, ela chegará até Brasília.

Robeyoncé Lima, (PSOL) que concorria ao cargo, chegou a levar 80 mil votos, mas não foi eleita. Ela comemorou o primeiro resultado divulgado, que foi da eleição de Erika HIlton.

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A eleição destas mulheres é histórica e considerada importante para a população LGBT, já que agora parte dela estará representada no Congresso pela primeira vez. E também é significativa se olharmos para os dados e a realidade: segundo dados da Antra (Associação Nacional de Transexuais e Travestis), 140 pessoas trans foram assassinadas em 2021.

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Ainda de acordo com a entidade, em cada 10 homicídios contra pessoas transexuais e travestis no mundo, 4 ocorreram no Brasil. Embora menor do que no ano anterior, o número é superior à média registrada desde 2008 (123,8 ao ano), quando o relatório teve início. O preconceito, políticas institucionais discriminatórias, impunidade e desrespeito em geral são apontados pela associação como incentivo aos homicídios.

Número de pessoas LGBT eleitas

E não para por aí. Ao menos 18 parlamentares LGBTI+ foram eleitos, incluindo Duda e Erika, de acordo com um levantamento feito organização VoteLGBT, que mapeou candidaturas dessa população com base em formulário autodeclaratório.

Neste ano, ao menos 304 candidaturas LGBTI+ disputam as eleições, de acordo com a Vote LGBT. Ao todo, foram 249 candidaturas individuais e outras 55 coletivas — 26 delas com pessoas LGBTI+ como titulares.

Outras duas mulheres lésbicas e negras entraram também para o Congresso Nacional, são elas: Dandara Tonantzin (PT-MG) e Daiana Santos (PCdoB-RS). Ao menos outros 14 representantes do movimento foram eleitos para as câmaras estaduais e distritais. Entre eles, Leci Brandão (PCdoB) e Dani Monteiro (Psol) foram reeleitas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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