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Conversei com David (Alladin) Bond, o ‘coach’ do Millionaire Social Circle

Não é uma entrevista para inflar ego de narcisista; é o perfil de quem falou com a mente por trás do MSC e se assustou com o relato e com o que descobriu

Por Isabella Otto Atualizado em 29 out 2024, 18h51 - Publicado em 18 mar 2023, 14h05

“Você tem sorte de eu estar falando com você, porque eu não concordei em dar entrevista para ninguém. As perguntas de todo mundo são estúpidas e as suas são inteligentes”. Quem me disse isso foi David Alladin, que você deve conhecer pelo nome de David Bond, o “coach de relacionamento” que veio ao Brasil em fevereiro deste ano, ao lado do sócio Mike Pickupalpha, ensinar seus mentores do Millionaire Social Circle a “pegar mulher”.

Minha conversa com o americano durou mais ou menos duas horas, entre pausas para digerir o que eu estava lendo e para pensar exatamente nas perguntas que gostaria de fazer para além daquelas que já tinha planejado. Quando entrei em contato com o “serviço de coaching”, nem de longe eu esperava conseguir uma entrevista com um de seus criadores. Nem era o intuito. Imaginei que receberia uma nota pronta ou falaria com um assessor de imprensa, assim como outros colegas de profissão. Não foi o que aconteceu.

Fiquei diante de uma sinuca de bico: continuar trabalhando na pauta que tinha pensando – que era dar uma grande explicação sobre o caso e ouvir todas as partes envolvidas – ou focar na entrevista que tinha em mãos? Por muito tempo fiquei catatônica, olhando para a tela do meu notebook, sem saber o que fazer. Meu maior medo era dar voz para um cara que está está sendo investigado pela polícia.

Se você se perdeu no meio dos últimos acontecimentos, a Polícia Civil de São Paulo abriu na quinta-feira (16) um inquérito para investigar os coaches e o MSC, após um boletim de ocorrência ter sido registrado na capital, por uma das mulheres que participou da festa organizada pelos americanos na mansão Maktub, no Morumbi, no dia 26 de fevereiro. O 34º Distrito Policial da capital informou que vai apurar se houve favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual durante a realização da celebração. A vítima disse que não sabia o que estava por trás dequele evento e que outras mulheres, assim como ela, se sentiram usadas.

Eu queria mesmo dar voz para esse tipo de pessoa? Não, mas eu não podia ignorar o que tinha em mãos nem como me senti ao conversar com um dos muitos homens que hoje se denominam “professores de masculinidade” e propagam comportamentos e falas machistas disfarçadas de coaching. Eu tinha a faca e o queijo na mão: uma entrevista exclusiva com o David e a possibilidade de fazer o escorpião morrer com seu próprio veneno.

A delirante teoria da conspiração

Antes de tudo, é importante dizer que conversei com outras pessoas envolvidas no caso e tive acesso a um documento, organizado por mulheres e vítimas, com uma série de prints e textos retirados de grupos do Telegram do MSC e de partes reservadas para assinantes de páginas de Bond e Pickupalpha. Nele, há uma série de capturas de telas de vídeos, publicados em off por David e Mike, que mostra mulheres nuas e outras vestidas – mas que não concordaram em aparecer.

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A primeira pergunta da entrevista foi justamente sobre a festa. Questionei se ele estava preocupado com as acusações de mulheres sobre terem se sentido usadas pelo programa. Ele disse que não. “A festa aconteceu depois que o programa terminou. A proposta do programa é ajudar todo mundo a relaxar, então eu falei para os participantes convidarem dates e amigos. A gente providenciou segurança, regras, código de vestimenta, comida e bebida grátis. Todo mundo, independetente do gênero, estava tirando fotos. Muitas garotas pediram pra gente mandar para elas vídeos e fotos depois da festa. Todo mundo estava feliz e ninguém foi usado de nenhuma forma“, disse.

O americano chamou de “delirante teoria da conspiração” essa história de que as mulheres tenham sido convidadas para fazer parte do experimento. Segundo ele, os “estudantes” convidaram garotas que já tinham conhecido antes, em aplicativos e baladas.

Perguntei então se as pessoas que estavam na festa haviam assinado algum tipo de autorização, pois imagens delas estavam sendo usadas para promover o Millionaire Social Circle nas redes sociais, mesmo que indiretamente. Ele deu uma resposta esquiva. Disse que as garotas que aparecem em seus vlogs “assinam um pequeno documento, mas vídeos feitos em lugares públicos, como boates, todo mundo pode tirar fotos e filmar”.

Millionaire Social Circle
Prints do Tinder usados por Mike e David para divulgar o programa no Brasil. O desfoque nas imagens doi feito por nós da CH. No conteúdo original, elas aparecem sem censura Millionaire Social Circle/YouTube/Reprodução

Não é bem assim. O advogado criminalista João Raposo, que ajudou algumas brasileiras envolvidas no caso, disse que muitas mulheres se sentiram enganadas, porque elas não sabiam que seriam cobaias de um experimento. “A festa era uma confraternização final da mentoria, mesmo que ele [David] diga que não. Fazia parte do pacote vendido. Nas páginas do MSC, você ve o uso comercial de imagens de meninas que saíram com eles. Se eles não têm autorização para fazer propaganda do curso com a cara delas, não podem divulgar esses conteúdos. É ilegal”, explicou.

Minha segunda pergunta para o David foi sobre os locais escolhidos para promover o curso: Brasil, Colômbia, Filipinas e Tailândia. Nenhum país desenvolvido ou rico, e todos com altos índices de violência contra a mulher, feminicídio e população em situação de vulnerabilidade. Recebi uma resposta atravessada: “O fato de você focar em lugares ‘pobres’ é problema seu, não meu. O status econômico de um país é irrelevante. Os países e as cidades visitadas são selecionados com base no tamanho populacional, na facilidade de acesso, na cultura de relacionamento e nas atividades de lazer”.

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David ainda provocou: “Se a gente só visita lugares pobres, por que ainda não fomos para a Índia ou para o sul do Sudão? Inclusive, estamos planejando ir para Las Vegas“.

A fala na entrevista não condiz com vídeos e trechos do documento em que apresentaram o programa que seria realizado no Brasil, em que classificam a desigualdade social como um “benefício” para eles, para o tipo de “curso” que oferecem e para os alunos – que desembolsam, ao menos, UR$ 12 mil por destino.

Há sempre uma palavra utilizada por Mike e David para classificar tais destinos: “exóticos”.

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Prints do vídeo divulgado pelo MSC que listam a desigualdade econômica do Brasil como “benefícios” para o programa Millionaire Social Circle/YouTube/Reprodução

As temidas feministas

Após as polêmicas envolvendo o “serviço de coaching” no Brasil, Mike e David começaram a publicar uma série de vídeos no YouTube na tentativa de justificar sua passagem pelo país. Em um deles, a dupla diz que está sendo atacada por feministas e usam a palavra de maneira degradante.

“A razão pela qual eu disse que feministas estão atacando a gente é porque feministas estão atacando a gente”, disse o americano, que mostrou ser contra o movimento – provavelmente, porque vai de encontro ao que ele prega em suas mentorias ‘redpilladas’.

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David disse que todas as mulheres que estão na vida dele são adultas e tomam suas próprias decisões. Ele também disse que as feministas visam proteger e empoderar as mulheres, mas rotulam como estúpidas, pobres ou exploradas aquelas que fazem suas próprias escolhas. “É irônico que mulheres que possam ser gordas, depressivas e sozinhas estejam criticando outras que são atraentes, saudáveis e felizes, e que voluntariamente passaram tempo com homens que elas escolheram”, declarou.

 

David garante que qualquer mulher do seu passado o classificaria como um completo cavalheiro, do tipo de conhece as mães, paga a conta e dá atenção. “Eu dormi em hospitais para confortar minhas garotas durante emergências. Agora, mulheres que nunca conheceram elas ou me conheceram estão tentando destruir nossa amizade. A ironia é que elas pensam que estão salvando vidas, quando, na verdade, estão destruindo. Essas mulheres são inimigas de outras mulheres, não salvadoras“, disse.

As acusações de turismo sexual

Durante a entrevista, David Alladin afirmou categoricamente que tudo o que faz é público e que o Millionaire Social Circle é contra a prostituição e não poussui nenhuma acusação legal de estupro. “Para mim, é estúpido eu ter que ficar me explicando. Basta assistir aos meus vídeos”, disse. Mas será que basta mesmo?

Tanto David quanto Mike usam nomes inventados. David Bond, David Alladin ou David Hunter é, na verdade, Steven Mapel, um técnico em informática de Fresno, na Califórnia. Mike Pickupalpha (cujo sobrenome artístico é um anagrama para “Pick Up Alpha”, algo como “O pegador Alpha de mulheres”) se chama Ziqiang Ke e, muitas vezes, usa o fato de ser uma pessoa amarela para tirar vantagem do seu “trabalho” como coach de namoro, como vemos a seguir.

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“O lado bom de ser asiático e tentar passar a perna [nas mulheres] na Colômbia é que você não é rotulado como o típico gringo que vem fazer turismo sexual. A gente vai em encontros normais e tem bons entrosamentos”, diz Mike pickupalpha.com/Reprodução
Tá, talvez nem tudo seja tão público assim, a começar pelos nomes.

O advogado criminalista João Raposo disse que, de maneira legal, ainda não está claro quais crimes podem ter sido cometidos pela dupla, mas que os americanos querem se apegar à máxima de que turismo sexual envolve sempre sexo pago, o que não é verdade. “Se uma garota te manda uma mensagem no Tinder e você responde e a convida para comer um sushi, isso é chamado de encontro, namoro, não de turismo sexual. Turismo sexual é viajar com o propósito de se envolver em prostituição, algo que somos abertamente contra. Temos vídeos explicando por que pagar por sexo é errado, e a primeira regra do MSC é não pagar nada para garotas”, declarou.

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De acordo com João Raposo, “a expressão turismo sexual é usada de uma maneira ampla. Não tem uma lei que diga que turismo sexual é isso ou aquilo, e não necessariamente é um crime. Turismo sexual é diferente de exploração sexual, que tem definição no código penal“.

Para a Organização Mundial do Turismo, a classificação de turismo sexual é a seguinte: “Viagens organizadas dentro do setor turístico ou fora dele, mas utilizando suas estruturas e redes, com a intenção primária de estabelecer contatos sexuais comerciais com os residentes do destino”.

Para Raposo, é claro que um dos objetivos principais dos coaches com seu programa é se relacionar sexualmente com as mulheres – mas tudo é tudo uma questão de entendimento.

Para você entender melhor, o processo se dá da seguinte forma: a vítima registra um BO, o delegado diz qual crime acha que se enquadra na questão e após as investigações encaminha o caso para o promotor de Justiça, que avalia se tem crime mesmo ou não. Se a avaliação for positiva, a acusação é enviada para o juiz.

No caso do MSC, o promotor Rogério Sanches Cunha informou que as denúncias estão sendo investigadas como outra forma de exploração sexual, prevista no Art. 228 do Código Penal – embora não tenha tido denúncias de prostituição na festa realizada em São Paulo.

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E uma coisa puxa a outra, tá? A Embratur acionou a Polícia Federal para entrar no caso. Inicialmente, a festa é o estopim da investigação, mas em crimes de ação penal pública quem faz o processo é o promotor de Justiça. Portanto, se ele ou o delegado acharem que têm que investigar mais coisas, como a possível divulgação de conteúdo íntimo em grupos de Telegram e outros crimes em potencial, a bola de neve pode aumentar.

“Eu acredito que a investigação vá para frente”, relata o advogado criminalista João Raposo, que conta que, se a bomba tivesse estourado antes dos americanos deixarem o Brasil, eles poderiam ter sido impossibilitados de embarcar. Agora, a situação é mais complicada, pois é preciso acionar a Justiça dos EUA, envolve muita burocracia e pode demorar bastante. Se o Consulado dos EUA no Brasil se interessar pelo caso, ele pode ser acelerado.

“Você namorou 15 mulheres ao mesmo tempo?”

Quando conversei com David, na última quarta-feira (16), o inquérito tinha acabado de ser aberto. Então, muito provavelmente, ele ainda não tinha sido notificado pela Justiça brasileira – ainda mais por estar fora do país. Logo, sustentava uma postura segura e parecia ser um típico narcisista. Mais um dos motivos para eu ficar insegura de dar voz para ele. Senti durante a entrevista que ele gosta de ser o centro das atenções. A insegurança também vem do medo.

Em certo momento da entrevista, o coach se vangloriou de ter namorado 15 mulheres na Colômbia. Não me contive. “Você namorou 15 mulheres ao mesmo tempo?”, questionei incrédula. Ele não se mostrou suspreso.

Foi nessa hora que tive mais um susto. Recebi um PDF do “contrato de namoro” de David, chamado “O Tapete Mágico do David – O Guia”. Foi quando entendi o emoji de gênio da lâmpada na bio do perfil dele no aplicativo de mensagens instantâneas.

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Trechos do “contrato de namoro” e da bio da conta de David no Telegram que conversou comigo, com um gênio na descrição Telegram/Reprodução

“No filme Aladdin, o personagem se apaixona por uma garota chamada Jasmine. Tem uma cena em que ele estende a mão e pergunta para a Jasmine se ela confia nele, antes dela pular em seu tapete mágico e voar em meio às nuvens para um mundo totalmente novo. O tapete mágico representa liberdade, viagem, aventura e confiança. ‘O Tapete Mágico do David’ é formado por um grupo de mulheres inteligentes, honestas, aventureiras e que estão em uma relação romântica com o David. Aquelas que forem escolhidas para andar no tapete mágico do David são chamadas de Jasmines“, diz intrudução do guia.

No documento, David se refere a si mesmo na terceira pessoa e lista uma série de regras misóginas e que objetificam as mulheres, mas estão disfarçadas atrás de belas palavras e frases de efeito.

Por exemplo, em um primeiro momento, pode parecer legal ler que “nenhuma Jasmine tem a obrigação de fazer nada que não se sinta confortável” ou que “todas as mulheres são bonitas do seu próprio jeito”. Mas depois há uma série de imposições no mínimo esquisitas, fora a parte em que ele classifica as mulheres em fois grupos: as Jasmines e as Zumbis.

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Trecho do “David’s Magic Carpet – The Guide”, em que o coach diz o que é ser uma mulher zumbi David's Magic Carpet - The Guide/Reprodução

“Aparecer no YouTube do David é a mais segura forma de social media, até porque o David vai bloquear o vídeo de ser visto em seu país de origem. Significa que, se você for das Filipinas, o vídeo vai ser bloqueado para qualquer pessoa das Filipinas”, diz trecho suspeito do contrato.

Em outro, ele diz que todas as Jasmines precisam ter passaporte e estarem sempre lindas: “Note que o David pode tirar fotos e fazer vídeos de vocês em qualquer atividade do dia. Então, tenha certeza de estar sempre na sua melhor versão”.

Na parte de regras na cama, outra imposição, desta vez relacionada ao sexo: “Não mexa na música, nas luzes ou na temperatura do quarto sem antes perguntar para o David”.

Para o coach americano, não há nada de errado em como ele se relaciona com as mulheres. “Se eu fosse um cara ruim, por que essas garotas estariam comigo? Por que elas continuaram comigo?”, questiona.

Ele também diz que ele e suas garotas estão sendo atacados por serem diferentes e usa uma justificativa que escancara o Jaffar disfarçado de Aladdin: “Sabe o que é interessante? Todo mundo diz que devemos respeitar os LGBTQIA+. Todo mundo diz que é errado atacar pessoas por sua sexualidade. Mas minha sexualidade é sempre atacada. Minhas garotas são insultadas, chamadas de estúídas e de prostitutas. Pelo quê? Por sermos poligâmicos? Se eu fosse muçulmano, ninguém se importaria“.

Um mundo nada ideal

O Aladdin é meu personagem favorito da Disney. Tanto é que, há alguns anos, escrevi esta matéria para a CAPRICHO. Em tom de brincadeira, listo razões que provam que o Al é melhor que qualquer príncipe. Por isso, me senti ainda mais ofendida, revoltada e incrédula em ver um cara como David usando metáforas mixurucas e machistas em cima do clássico da Disney.

Em certo momento da conversa, a armadura de jornalista até caiu por breves segundos. “Eu acho que a festa foi a cereja do bolo. Como mulher, acho assustadora essa enorme onda de homens ensinando outros homens a ‘pegar mulheres’ e todo esse movimento redpill”, disse. David não se abalou: “Sério? Sabe o que eu acho assustador? Homens esquisitos e estranhos. A gente conserta isso”.

No outro arquivo ao qual tive acesso, descobri que uma brasileira, que preferiu ter sua identidade preservada, tirou uma foto com o David no Brasil e foi parar na thumb de um desses vídeos supostamente proibidões com títulos sensacionalistas, que sempre induzem para o lado sexual. No caso do conteúdo em questão, ele insinuava que havia feito sexo a três. Ela nega.

Fora as fotos com mulheres negras peladas, que supostamente foram compartilhadas com a hashtag #BlackLivesMatter. Fontes ouvidas ainda dizem que conteúdos relacionados ao MSC estão sendo censurados em redes sociais, como no TikTok, e que imagens de criadores de conteúdo foram usadas indevidamente por David e Mike.

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Print de uma conversa de um dos grupos de Telegram de David presente no documento enviado à CH Telegram/Reprodução

Aqui, um adendo: eu digo supostamente porque tive acesso a um documento já montado com provas. Eu confio nas minhas fontes, mas a Justiça ainda não julgou o caso e talvez ainda nem tenha acesso a tais conteúdos. Portanto, faço isso por uma questão de proteção legal.

Notícias de que David Bond estava sendo procurado pela polícia da Indonésia também viralizaram. Uma reportagem de 2018, feita pelo The American Reporter, não encontrou evidências do caso. Tanto a Bali Metro Police quanto a Jakarta Metro Police informaram que “não encontraram acusações criminais ou mandados” em nome de Steve Mapel ou em um de seus codnomes.

A matéria também disse que passou 17h pesquisando na internet sobre possíveis sex tapes e que nada foi encontrado. Por outro lado, segundo o documento elaborado por mulheres e vítimas brasileiras, esses conteúdos existiriam, mas seriam muito bem escondidos. “Estamos dentro dos grupos de Telegram deles e já vimos de tudo: racismo, misoginia… Além da festa, eles filmam as garotas [muitas vezes, escondido] em encontros, momentos íntimos”, disse uma fonte ouvida. Preferi preservar sua identidade.

Cabe à Justiça investigar o caso e o primeiro passo foi dado. Uma coisa é certa: se um gênio aparecesse para mim e me concedesse três desejos, eu não pensaria duas vezes antes de pedir distância do tapete mágico de “coaches de masculinidade e relacionamento”.

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