Nesta quinta-feira (1º), a Copa do Catar foi pioneira em mais um sentido: foi a primeira vez que um jogo do mundial foi apitado por um trio de mulheres.
A partida em questão foi entre Alemanha e Costa Rica, e a arbitragem principal foi feita pela francesa Stéphanie Frappart. Suas assistentes foram a mexicana Karen Diaz Medina e a brasileira Neuza Back. É a primeira vez que um trio feminino apita uma disputa da Copa do Mundo de futebol masculino em 92 anos, uma vez que a primeira edição do evento ocorreu em 1930, no Uruguai.
“Me apaixonei pela arbitragem em pouco tempo, logo após os meus primeiros apitos”, revelou Stéphanie em entrevista à Federação Francesa de Futebol.
Na primeira semana do mundial, nós tivemos outros dois fatos históricos com relação às mulheres: a primeira árbitra negra do continente africano a apitar um jogo de Copa, a ruandesa Salima Mukansanga, e a primeira brasileira a narrar um jogo do torneiro em TV aberta, a Renata Silveira.
Por se tratar de uma Copa no Catar, país governado pela Sharia, Lei Islâmica conhecida por ser extremamente machista e misógina, é um feito e tanto! Contudo, não podemos relevar o fato de que, em 92 anos, esses episódios inéditos são notícias apenas hoje. São ventos de mudança? Sem dúvida! Mas há aí um cenário que mostra que o machismo estrutural é uma pandemia e afeta – de maneiras e intensidades diferentes, é evidente – todas as mulheres do globo.
Cartão vermelho pra ele e viva essa mulherada competente!