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Entenda o esquema de sorteio virtual que fez Nego Di virar alvo da polícia

O influenciador e ex-bbb está sendo investigado por lavagem de dinheiro por meio de sorteios nas redes sociais

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 15h36 - Publicado em 13 jul 2024, 17h53

O influenciador e ex-bbb Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, virou alvo de operação que investiga suspeita de lavagem de R$ 2 milhões na última sexta-feira (12). A esposa dele, Gabriela Sousa, foi presa em flagrante na ocasião, mas pagou fiança de R$ 14 mil e foi liberada.

A polícia apreendeu dois veículos de luxo do casal, uma arma de uso restrito das Forças Armadas e munição. Para entender mais sobre os crimes e os valores recebidos pelo casal, também foram recolhidos alguns documentos e celulares. O Ministério Público do Rio Grande do Sul ainda obteve da Justiça o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados e de todas as outras pessoas que podem estar envolvidas.

Como funcionavam os sorteios virtuais de Nego Di?

Nego Di divulgava nas suas redes sociais sorteios acessíveis para concorrer a celulares, vídeo games e até carros de luxo. Em uma das promoções, por exemplo, ele anunciou uma Porsche  por apenas 0,99 centavos. “Vai levar essa pra casa com 10 bilhetes premiados valendo 10 mil cada”, disse nas redes.

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Segundo a investigação, os depósitos de participantes dos sorteios eram canalizados para contas vinculadas a empresas e parentes. De acordo com o promotor de Justiça da 8ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal, Flávio Duarte, o esquema caracteriza lavagem de dinheiro e “todos os valores oriundos das rifas realizadas por esse influenciador são ilícitos”.

Ao G1, Flávio explicou que os valores recebidos dos sorteios ingressavam, inicialmente, na conta de uma terceira pessoa, “depois eventualmente retornavam para uma empresa e somente depois que já estavam incorporados na empresa, dando uma aparência de lícito e ao mesmo tempo se distanciando daquele valor que se sabia que era ilegal, oriundo de uma contraversão penal, ele adquiriu os bens”. 

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