Rio Grande do Sul deve, novamente, enfrentar grandes volumes de precipitação de chuvas em diversas áreas do estado ao longo desta semana.
As informações são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que emitiu um alerta, seguido por avisos da Defesa Civil do Estado e, também, pela previsão do sistema utilizado pelo Climatempo Meteorologia.
Regiões de Campanha, próxima à fronteira com o Uruguai e Oeste, por exemplo, o acúmulo de chuva pode ser mais de 300 mm até esta quarta-feira (25). O risco temporais, granizo e enchentes se mantém elevado.
É desde segunda-feira que o estado voltou a ser atingido por chuvas e enfrenta ainda instabilidades no clima. Apesar da chegada da primavera, por lá, uma frente-fria estacionou no estado, fazendo com que as temperaturas fiquem mais amenas.
São esperadas chuvas entre 30 e 100 milímetros (mm) por dia e ventos que podem chegar a 100 quilômetros por hora (km/h), além da ocorrência de chuva de granizo.
Diante da situação, há risco de alagamentos, corte de energia elétrica, estragos em plantações e queda de árvores. O período mais crítico vai da manhã desta terça-feira (24) até as 15h de quarta-feira (25).
Segundo o Inmet, entre as localidades que correm maior risco estão a área metropolitana de Porto Alegre e as localizadas nos centros ocidental e oriental do estado. Também serão afetadas áreas no noroeste, sudeste, sudoeste e nordeste rio-grandense.
Mas, atenção: a instituição sugere aos moradores dessas regiões que, em caso de rajadas de vento, não se abriguem debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Sugere também que não se estacione veículos próximos a torres de transmissão e a placas de propaganda.
Nos horários de chuva mais intensa é indicado que aparelhos elétricos e o quadro de energia sejam desligados.
E fique atento ou atenta, ok? Se precisar, anote ou tire um print por aí dos números da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros:
Defesa Civil: 199
Corpo de Bombeiros: 193
Entre o final de abril e início de maio deste ano, o Rio Grande do Sul enfrentou a maior tragédia da história do estado causada por intensas chuvas e inundações. A causa? Uma combinação de fatores meteorológicos, como a atuação do El Niño e o aquecimento anômalo do Oceano Atlântico, resultou em chuvas constantes e intensas que elevaram drasticamente o nível dos rios, especialmente na Bacia Hidrográfica do Guaíba.
Além dos danos materiais, houve impacto significativo na infraestrutura, com estradas, pontes e sistemas de saneamento severamente danificados, isolando comunidades e dificultando o acesso a serviços básicos. A produção agropecuária, crucial para a economia local, também foi fortemente afetada, prevendo-se aumentos nos preços de commodities como arroz, soja e milho.
As enchentes deixaram 619 mil pessoas desabrigadas e mais de 180 mortos. Desse total, 79,5 mil foram acolhidas em abrigos e 538 mil precisaram buscar refúgio em casas de amigos ou familiares.