om 100% das urnas apuradas, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e o candidato Guilherme Boulos (PSOL), vão disputar o segundo turno para a prefeitura da capital paulista, considerada a maior cidade do país.
Nunes ficou com 29,48% dos votos computados. Na sequência, aparece Boulos, com 29,07%. E a disputa foi incerta desde o início da apuração dos votos. Pablo Marçal (PRTB), candidato que dizia que “não teria segundo turno em São Paulo”, chegou a aparecer em segundo no início da apuração — agora, o ex-coach tem 28,14% dos votos.
Tabata Amaral (PSB) soma 9,91%, e José Luis Datena (PSDB) obteve 1,84%. Se você lê a CAPRICHO, já sabe como e por que é importante acompanhar não só a corrida eleitoral, mas também o resultado das eleições em todo o país.
Caso essa tenha sido a sua primeira eleição, vamos sóm relembrar: nós votamos para os cargos de prefeito e vereador, representantes que ocupam o cargo máximo nas nossas cidades e vão povoar as Câmaras dos Vereadores.
A gente já comentou sobre isso antes, mas a política é o tipo de assunto que nunca pode sair do seu radar. Isso porque cada decisão que envolve a eleição dos nossos representantes têm um impacto direto no nosso dia e das pessoas ao nosso redor. E não é porque você é jovem que não deve participar dessas decisões, ok?
No caso de São Paulo, a disputa se desenhou como a mais acirrada desde a redemocratização, sabia? Isso porque Boulos, Marçal e Nunes apareceram em empate triplo, gerando dúvidas sobre quem passará para a segunda rodada da disputa. Lembra dos debates, inclusive, do episódio da cadeirada? Se não, a gente já falou mais sobre isso neste vídeo.
Marçal foi um personagem que tumultuou a eleição deste ano na cidade. Ao se colocar como “outsider” da política, ele tumultuou debates eleitorais para capturar a atenção do eleitorado, desviou a apresentação de propostas e fortaleceu o discurso de que poderia ser uma “terceira opção” longe dos candidatos de esquerda e direita, mesmo se colocando à direita.
Tanto que, na noite da última sexta-feira, pré-eleições, ele divulgou um laudo falso em seus canais não oficiais nas redes sociais para atacar Boulos. No documento falso, era mostrado que o candidato do PSOL havia feito uso de cocaína.
E o crescimento surpreendente do empresário durante o pleito eleitoral fez com que as estratégias de ambas as campanhas mudassem, viu?
A disputa para vereadores é concluída definitivamente neste domingo. Já a corrida para prefeitos deverá ter segundo turno em diversos pontos do país. Essa votação ocorrerá dia 27 de outubro, domingo, das 8h às 17h, pelo horário de Brasília.
Um exemplo é que, mesmo apoiado por Jair Bolsonaro (PL), Ricardo Nunes viu uma série de aliados do ex-presidente declararem apoio a Marçal dias antes do pleito. Isso com direito até posicionamentos contra Nunes e a favor do ex-coach por nomes como Zé Trovão (Santa Catarina), Nikolas Ferreira (Minas Gerais) e Marco Feliciano (São Paulo).
Entre a nossa galera, segundo o Datafolha, Pablo Marçal (PRTB) tinha 29% das intenções de voto dos paulistanos entre 16 e 24 anos. Guilherme Boulos (PSOL) tem 22%, Ricardo Nunes (MDB), 18%, e Tabata Amaral (PSB), 15%. A margem de erro no segmento é de sete pontos.
Marçal é também o mais rejeitado pelos mais jovens, com 48% dizendo que não votariam nele de jeito nenhum. Seu índice empata com o de Datena (47%).
Entre os apoiadores, Nunes contou com o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e adotou uma postura ainda mais conservadora do que antes, exaltando pautas de costume e religiosas nos debates, como, por exemplo, direito ao aborto.
Boulos, mesmo apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passou por outros desafios no pleito. Ele, que é deputado federal, colou na imagem do atual presidente para conquistar seu eleitorado de forma mais próxima; tanto que, neste sábado (5), participou de uma carreata com Lula na Avenida Paulista.
Lula também apareceu em diversas propagandas na televisão ao lado de Boulos e, em uma live na véspera do primeiro turno, orientou os militantes do PT a pedirem o “voto no 50 “.