Precisamos correr contra o tempo para conter o aquecimento global

Relatório da ONU diz que piora do aquecimento global é inevitável, mas ainda há chances de um futuro habitável para todos

Por Juliana Morales Atualizado em 29 out 2024, 18h51 - Publicado em 22 mar 2023, 18h30

Ainda dá tempo de reduzir as graves consequências do aquecimento global, mas precisamos agir muito rápido. Este é o alerta que trouxe o relatório do Painel Internacional de Pesquisadores sobre Mudanças Climáticas da ONU, o IPCC, publicado nesta semana. Você já ouviu falar desse relatório? Se não, tudo bem. Ele é um dos mais importantes no mundo sobre o tema e vamos te explicar desde o começo porque é importante olhar pra ele com muita atenção.

Mas, antes, é importante que você saiba um dos dados mais alarmantes do documento: pesquisadores confirmam que  a temperatura global está 1,1º C – e há pouquíssima chance de evitar que o mundo aqueça mais de 1,5 °C até 2030. E se isso acontecer, pode resultar em situações irreversíveis, como o derretimento de outras camadas de gelo profundas, piorando as consequências.

O IPCC é um grupo de cientistas estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estudar as mudanças climáticas. O documento divulgado recentemente, que compila pesquisas dos últimos sete anos, trata das ameaças que já estamos enfrentando hoje e o que podemos fazer para conter que as temperaturas aumentem ainda mais.

Vale lembrar que os gases do efeito estufa sempre existiram e são importantes. O problema é que, com a queima de combustíveis fósseis e o uso irresponsável de energia e da terra, estamos aumentando a quantidade deles. Com isso, parte do calor que deveria escapar para o espaço fica retida na terra.

O resultado disso? Eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, cheias e secas, acontecem mais intensos e com maior frequência, tornando-se mais perigosos para a natureza e para as pessoas do mundo todo.

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O que diz o relatório?

Os cientistas defendem que a queda nas emissões deve ser imediata e com mais cortes quase pela metade até 2030. A ação urgente é que vai garantir as chances de um futuro habitável para todos. Para isso, o IPCC destaca a necessidade de aumentar o acesso à energia limpa (como a solar e a eólica) e promover, por exemplo, o uso de transporte com zero emissões e baixo teor de carbono.

Para isso, os países precisam investir mais e criar planos de ação mais ambiciosos e forte para eliminar emissões de gases de efeito estufa (como o gás carbônico (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O)). Assim como as empresas precisam se comprometer em adotar fontes de energia limpa para pararem de emitir carbono também.

E o que a sociedade em geral pode fazer para contribuir?

The Nature Conservancy Brasil, organização não governamental que trabalha em escala global para a conservação do meio ambiente, destaca a importância de se educar em relação às questões ambientais. Quer dicas de como fazer isso?

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  • Busque conteúdos de qualidade na internet, como pesquisas e reportagens;
  • Fale com professores e especialistas para tirar dúvidas;
  • Consuma documentários e podcasts sobre o tema.

Além de aprender, é importante falar sobre mudanças climáticas e participar de ações coletivas. Afinal, não resolvemos um problema, se não conversamos sobre ele, né? Lembre-se: você não precisa ter grandes argumentos, ou vencer debates, propor a discussão é o importante! E as redes sociais podem ser grandes aliadas nesse sentido, viu?

Ah, e existem atitudes simples no dia a dia que podem fazer a diferença para o meio ambiente. Apagar as luzes quando for assistir a sua série favorita, por exemplo, já é um começo. Bora fazer parte dessa luta por um futuro possível e melhor?

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