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Suspeita de feminicídio: vereadora morreu poucos dias antes do aniversário

Polícia trabalha com a hipótese de que o namorado, Rickson Pinto, tenha assassinado Yanny Brena e morrido por suicídio na sequência

Por Isabella Otto Atualizado em 29 out 2024, 18h53 - Publicado em 7 mar 2023, 16h23

A uma semana de completar 27 anos, a vereadora Yanny Brena (PL), a segunda mais votada em 2022 em Juazeiro do Norte, foi encontrada morta em casa, na cama. Ao lado dela, jazia o corpo do namorado, Rickson Pinto. Eles estavam de mãos dadas.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher, que suspeita que um crime de fiminicídio tenha sido cometido – apenas alguns dias antes de mais um Dia Internacional da Mulher.

Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia e uma das melhores amigas (cuja identidade foi preservada) da vereadora disse que Yanny tentou terminar o namoro pouco tempo antes de ser encontrada morta e que Rickson não recebeu bem a notícia. “Ela não queria mais ficar pagando as contas de Rickson, que nunca dividia as despesas do casal”, disse em depoimento..

A Perícia Forense divulgou nesta terça-feira (07) que Yanny Brena e Rickson Pinto morreram por asfixia. A vereadora tinha marcas de luta corporal, ferimentos no pescoço e no abdômen, e algumas unhas quebradas. As autoridades trabalham com a hipótese de que Yanny tenha sido morta pelo namorado, que teria morrido por suicídio na sequência.

Um crime simbólico, mas nada pontual

Nos últimos quatro anos, a taxa de feminicío cresceu 10,8% no Brasil, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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Em 2021, a cada 7 horas uma mulher foi morta em decorrência do gênero. No país, um estupro acontece a cada dez minutos. Os estados mais perigosos para as mulheres são Tocantins, Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Piauí.

A principal vítima são as mulheres pretas e pardas, que correspondem a quase 70% dos casos registrados, de acordo com levantamento do Instituto Igarapé, obtido com exclusividade pelo jornal O Globo.

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