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Título de eleitor ‘gigante’ invade ruas de SP para incentivar o voto jovem

Bandeira cria título de eleitor de Edson Luís, estudante assassinado na ditadura militar - e que não pôde usufruir do seu poder de voto à época.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 29 out 2024, 15h55 - Publicado em 21 abr 2024, 19h27
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ma juventude que não se interessa por política se isenta da responsabilidade de melhorar o seu próprio dia a dia. Mas nem todo mundo sabe que uma das principais ferramentas para alcançar possíveis mudanças tem nome e é mais simples de usar do que parece: o voto.

Para incentivar a nossa galera entre 15 a 18 anos a tirar o título de eleitor e votar no pleito municipal de 2024, organizações do terceiro setor levaram, para a Avenida Paulista, em São Paulo, um título de eleitor gigante. A réplica do documento é um lembrete de que o prazo para emitir o documento e se tornar apto a votar é até o próximo dia 8 de maio.

A campanha é promovida pelo Instituto Lamparina, labExperimental, Girl Up Brasil, Quid, Avaaz, Em Movimento e Politize.

Você deve ter reparado que o título que circulou pela cidade neste domingo (21) está preenchido com dados de uma pessoa – e não é à toa, viu?

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Eles são de Edson Luís, estudante assassinado por agentes da ditadura militar em 1968 quando tinha apenas 18 anos de idade – e não tinha um título de eleitor. As eleições diretas, nos moldes como conhecemos hoje, só foram retomadas em 1989, após forte mobilização popular.

“O Edson não era necessariamente um jovem político, ele não estava brigando por política, por algum partido específico, por uma pauta específica, ele estava brigando por comida, melhorias no bandejão, e ele foi assassinado num confronto com a polícia, numa repressão a essa manifestação que estavam fazendo”, detalha o coordenador da campanha, Hércules Laino, à Agência Brasil.

Nos próximos dias, a ação deve percorrer outros pontos da cidade. “A gente conversa com os jovens para incentivar a votar, explicar como é esse processo para tirar o título, sobre a obrigatoriedade da biometria. Também conversamos com alguns adultos – pais, tios – para eles conversarem com filhos e sobrinhos sobre a importância disso”, acrescenta Laino.

Tirar o título é exercer a sua cidadania

Eleitores no Brasil
Getty Images/Getty Images

Se você não tá lembrado (ou se essa vai ser a sua primeira eleição), vamos votar para prefeito e vereador neste ano, elegendo representantes para ocupar o cargo máximo nas nossas cidades e os vereadores que vão povoar as Câmaras dos Vereadores.

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A gente já comentou sobre isso antes, mas a política é o tipo de assunto que nunca pode sair do seu radar. Isso porque cada decisão que envolve a eleição dos nossos representantes têm um impacto direto no nosso dia e das pessoas ao nosso redor.

E, não, não vale pensar sobre isso só na hora de eleger um presidente – esse cargo é importante, mas presidente nenhum cuida de um país do tamanho do Brasil sozinho. 

Mas, se liga: diferente de outros momentos, como em 2020 e 2022, em que o cadastramento da biometria foi flexibilizado devido à pandemia de covid-19, agora as emissões de primeiros títulos eleitorais vão exigir uma visita presencial ao cartório eleitoral dos municípios em função da coleta dos seus dados biométricos.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), informa que a nossa galera que deseja emitir seu primeiro documento pode escolher o cartório mais próximo de sua residência no site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de seu estado e agendar um horário, a depender da disponibilidade de vagas. Também é possível agendar atendimento em postos do Poupatempo com serviços da Justiça Eleitoral.

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Mas este agendamento só será possível até o dia 30 de abril. O tribunal informa que, entre os dias 1º e 8 de maio, o serviço de agendamento estará suspenso. Assim, os atendimentos serão feitos apenas presencialmente, por ordem de chegada.

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